sábado, 30 de setembro de 2017

Coleção Espada Selvagem de Conan



Finalmente!

 Há anos, existe uma “corrida do ouro” entre fãs do bárbaro cimério para completar e encontrar edições raras da memorável fase Espada Selvagem de Conan. Cada sebo que passo, vejo as edições sendo vendidas a R$ 10,00 cada edição, mesmo em condições regulares ou mesmo ruins. Ano passado me deparei em algum blog espanhol, a coleção Espada Selvagem de Conan em capa dura, lançada na Espanha pela Planeta Deagostini. Engraçado que já vinha conversando com os meus amigos sobre o probabilidade disso ser lançado aqui. Aparentemente, Crom nos atendeu.   

Ainda em fase de testes, a editora Salvat vai lançar em 2018 a incrível e tão esperada coleção. Felizmente, como o mesmo tratamento: capa dura, papel offset resistente (ao qual imprime a arte PB muito bem), arte de lombada, e muitos extras em seus 70 volumes.
A qualidade da impressão está incrível!

A coleção completa
 O primeiro volume já nos traz a renomada dupla Roy Thomas e Barry Windsor-Smith, compilando as primeiro cinco edições de Savage Tales, publicados entre maio de 1971 e julho de 1974. E que coisa linda ter esses volumes em mãos! A possibilidade de ler os contos de Robert E. Howard adaptados para a arte sequencial, ler as fases que nunca saíram no Brasil (ou foram picotadas e editadas pela Abril Jovem), reler sagas que marcaram a infância. Isso tudo é impagável! 

Relação das histórias do primeiro volume.
 E falando em preço, a publicação segue o padrão de fascículos: com o primeiro volume a R$ 9,90 (a primeira é sempre de graça, certo?), o segunda a R$ 29,90 e os seguintes a R$ 44,90. Um pouco salgado, mas vale. Como mencionei, muitos extras como: galeria de capas originais, artigos publicados nas edições antigas, fatos sobre a vida de Howard, portfólios, entre outros.



Para os RPGistas de plantão, terão uma fonte riquíssima para ideias de aventuras, NPCs, vilões, desafios e monstros únicos para seus jogos. Inspiração garantida em 70 volumes para suas campanhas de espada e feitiçaria.

Isso será lindo! Obrigado Salvat.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Resenha: Pátria



A resenha abaixo não possui spoilers.

   
Em julho, a editora Jambô pegou todo mundo desprevenido com uma incrível notícia: o lançamento do primeiro volume da trilogia A Lenda de Drizzt e de quebra, os romances de Dragon Age (que ainda não foi lançado). Foi em meados de 2005 que li a primeira trilogia de R.A. Salvatore, lançados pela Devir, e fiquei curioso de como Drizzt foi parar na superfície, como sobreviveu no reino drow com sua moralidade tão acentuada, como obteve as cimitarras mágicas, como foi seu treinamento ainda jovem e como estabeleceu a forte amizade com a pantera mágica Guhenhwyvar (se pronuncia "Guinevere").

Pátria começa a responder grande parte dessas indagações e nos apresenta as dinâmicas de Menzoberranzan, a famigerada cidade dos elfos negros, situada em Underdark, o reino subterrâneo de Forgotten Realms. Passamos a viver dentro daquela sociedade matriarcal, ditando as regras e conspirações, enquanto suas clérigas exercem os caprichos mais sórdidos de Lolth, a deusa aranha. 


 A trama iniciar com um ataque da Casa Do’Urden à Casa DeVir (sem piadas à editora). Um plano aparentemente sem falhas, mas que culminará em uma conspiração que perdurará durante todo o primeiro volume da saga. Enquanto os assassinos da casa Do`Urden invadem a sede da casa rival, a matriarca dá a luz ao seu terceiro filho macho: Drizzt, que deveria ser prontamente sacrificado para obter favores de Lolth, só que os presságios e as marcas da criança (olhos violetas), mostram para as clérigas que a criança pode estar predestinada a algo bem mais grandioso. 

"Pátria" se passa anos antes da trilogia clássica. Publicado pela Casa DeVir... digo, Editora Devir.
 O romance envelheceu bem, na minha opinião. Cenas de batalha bem construídas, descrições da arquitetura e costumes drow bem precisas e sem afetações. Os personagens, apesar de não serem muito complexos, emulam muito bem uma campanha de RPG tradicional. Falando em RPG, o fan service de D&D está todo lá: você vai reconhecer os monstros que Drizzt encontra durante as patrulhas, as magias conjuradas pelos magos da Academia, o sistema mnemônico vanciano, e até táticas bélicas que muitos jogadores utilizam ao redor da mesa (como finta, flanquear, etc).

Por fim, é uma aventura bem legal e naquela pegada maniqueísta, não chega aos pés da complexidade e tons cinzentos de Os Jardinsda Lua, mas a origem de Drizzt cumpre seu papel muito bem. Para os jogadores de D&D, uma compra certa. A edição nacional está bonita e com uma papel ótimo e resistente. A única crítica fica por conta da revisão: muitos erros passaram no processo. Frases comendo ou repetindo artigos/preposições dificultam a fluidez da leitura, mas nada tão alarmante. Acredito que aceleraram demais a revisão para ter o livro impresso nos eventos vindouros. Torço que tenham mais cuidado nos outros volumes.
Claro que depois de ler, você fica pilhado para Mestrar em Menzoberranzan!
  Ansioso pelo segundo volume! Abraço a todos e boa leitura.