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resenha abaixo não possui spoilers.
Em julho, a editora Jambô pegou todo mundo
desprevenido com uma incrível notícia: o lançamento do primeiro volume da
trilogia A Lenda de Drizzt e de quebra, os romances de Dragon Age (que ainda
não foi lançado). Foi em meados de 2005 que li a primeira trilogia de R.A.
Salvatore, lançados pela Devir, e fiquei curioso de como Drizzt foi parar na
superfície, como sobreviveu no reino drow com sua moralidade tão acentuada,
como obteve as cimitarras mágicas, como foi seu treinamento ainda jovem e como
estabeleceu a forte amizade com a pantera mágica Guhenhwyvar (se pronuncia "Guinevere").
Pátria começa a responder grande parte dessas
indagações e nos apresenta as dinâmicas de Menzoberranzan, a famigerada cidade
dos elfos negros, situada em Underdark, o reino subterrâneo de Forgotten
Realms. Passamos a viver dentro daquela sociedade matriarcal, ditando as regras
e conspirações, enquanto suas clérigas exercem os caprichos mais sórdidos de
Lolth, a deusa aranha.
A trama iniciar com um ataque da Casa
Do’Urden à Casa DeVir (sem piadas à editora). Um plano aparentemente sem
falhas, mas que culminará em uma conspiração que perdurará durante todo o
primeiro volume da saga. Enquanto os assassinos da casa Do`Urden invadem a sede
da casa rival, a matriarca dá a luz ao seu terceiro filho macho: Drizzt, que
deveria ser prontamente sacrificado para obter favores de Lolth, só que os
presságios e as marcas da criança (olhos violetas), mostram para as clérigas
que a criança pode estar predestinada a algo bem mais grandioso.
"Pátria" se passa anos antes da trilogia clássica. Publicado pela Casa DeVir... digo, Editora Devir. |
O romance envelheceu bem, na minha opinião.
Cenas de batalha bem construídas, descrições da arquitetura e costumes drow bem
precisas e sem afetações. Os personagens, apesar de não serem muito complexos,
emulam muito bem uma campanha de RPG tradicional. Falando em RPG, o fan service de D&D está todo lá:
você vai reconhecer os monstros que Drizzt encontra durante as patrulhas, as
magias conjuradas pelos magos da Academia, o sistema mnemônico vanciano, e até
táticas bélicas que muitos jogadores utilizam ao redor da mesa (como finta,
flanquear, etc).
Por fim, é uma aventura bem legal e naquela
pegada maniqueísta, não chega aos pés da complexidade e tons cinzentos de Os Jardinsda Lua, mas a origem de Drizzt cumpre seu papel muito bem. Para os jogadores de
D&D, uma compra certa. A edição nacional está bonita e com uma papel ótimo
e resistente. A única crítica fica por conta da revisão: muitos erros passaram
no processo. Frases comendo ou repetindo artigos/preposições dificultam a
fluidez da leitura, mas nada tão alarmante. Acredito que aceleraram demais a
revisão para ter o livro impresso nos eventos vindouros. Torço que tenham mais
cuidado nos outros volumes.
Claro que depois de ler, você fica pilhado para Mestrar em Menzoberranzan! |
Ansioso pelo segundo volume! Abraço a todos e boa
leitura.
Já tinha lido esse romance ao conseguir a edição portuguesa do livro e achei a história fascinante. Como fã de Drizzt obviamente comprei essa edição brasileira e no aguardo das próximas.
ResponderExcluirPor anos fiquei tentado em comprar a versão lusitana pela Cultura. Tomara que a Jambô não abandone as séries literárias que iniciarem. Pelo menos não é o costume dela. Abraço!
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