Não é a primeira vez que os anões buscam pistas na Sala de Registros do Conselho. |
Vitoriosos após completarem a primeira
Demanda do Conselho, a comitiva de anões volta pelo caminho dos túneis, subindo
até o nível conhecido. No trajeto, percebem que ainda existem muitas outras
rotas subterrâneas por ali, o santuário liberado recentemente é apenas uma veia
entre tantas, dentro do coração da montanha. Num dado momento, de deparam com
uma patrulha anã, soldados da Cidadela. Aliviados com a sobrevivência do grupo,
eles os levam até a Câmara do Conselho. Apesar de feridos, apenas Goblet
precisa de ajuda para ser levado, dado seu estado catatônico. Alguma coisa em
sua mente foi ajustada, alguma memória retornou, mas ele ainda está em estado
de choque pela experiência de ter sido trazido dos mortos.
O Patriarca, Sir Robilar e o próprio
Principe Olinstaad são convocados novamente para uma atualização dos eventos.
Todos ansiosos com os relatos dos anões companheiros. Logo, eles contam sobre
tudo o que foi encontrado nas ruínas do Santuário, alterando apenas uma coisa
no relato: de que a fonte fora encontrada seca, sem a tal água milagrosa que as
lendas diziam conter.
Sir Robilar é o mais intrigado com o
relato e pede informações sobre as criaturas encontradas, se haviam armadilhas
mágicas e se registros foram encontrados. O grupo afirma ter encontrado tudo
isso. Ele agradece e diz que qualquer descoberta será passada por eles pela
Pedra de Alcance: a pedra mágica emprestada para ele por Goblet, que por sua
vez, haviam comprado um par de Zarah, a cigana.
Um servo do príncipe o serve de mais
cerveja. Olinstaad toma de uma golada só e continua a Confabulação.
“Infelizmente o mal não dorme. Enquanto vocês liberavam o Santuário Abaixo, uma
caravana de suprimentos, que estava indo para abastecer nossas tropas
concentradas foi assaltada no Passo da Cordilheira. Levaram tudo e mataram
quase todos os nossos homens da logística. Eu sei que ainda há outra demanda pendente:
investigar o desaparecimento do feiticeiro do Vale dos Cedros, mas peço que
deem urgência para recuperar os suprimentos das tropas. Os poucos sobreviventes
disseram que os responsáveis pelo ataque foi um destacamento de orcs com
tatuagens de guerra e bandeira de Iuz, o Maligno. Nunca vi tropas de Iuz tão ao
sul, devo dizer!”
Todos, ao redor da távola, parecem
preocupados, mas concordam da urgência da missão. Partirão na manhã seguinte. O
Patriarca diz que durante a noite, prestará cura mágica aos mais feridos. Antes
de sair, entretanto, Geia diz que os anões estão muito preocupados com magia.
Contando e confiando em esoterias arcanas, ao invés de estarem afiando seus
machados e reforçando seus martelos. Apenas Sir Robilar e O Patriarca escutam
esse apontamento da clériga. O Patriarca, explica que o Santuário recém
liberado, será convertido imediatamente numa nova forja especial, usando as
Pedras Rúnicas obtidas por eles. Sir Robilar lança um estranho olhar para a
sacerdotisa, mas fica calado. Depois de beber e comer mais um pouco, os anões
de separam: Goblet ainda está tonto, mas já consegue andar sozinho, ele diz que
vai explorar outros setores da cidadela. Gillius se encaminha para conversar
com o gnomo Bibliotecário. Gimli Bloodsword e Gurin se recolhem aos respectivos
aposentos para descansar. Sabem que o confronto de amanhã exigirá bastante dos
homens de armas. Tummbut, o dragão fada mascote, acompanha Gillius para falar
com o Escriba.
Goblet explora uma seção completamente
nova do nível do Conselho, indo para oeste do distrito. Nessa área ele procura
correntes de ar entre as pedras dos corredores, até encontrar de fato, uma
passagem secreta. Sem iluminação mínima, ele não pode usufruir da Infravisão
dos anões, tampouco quer acender uma das tochas e chamar atenção. Ele tateia
pela abertura, seguindo por um túnel de pedra viva até chegar num salão com
cheiro de óleo de polimento. Ao sentir uma porta, ele escuta através dela: dois
anões do outro lado conversam sobre o ataque infeliz à caravana e depois sobre
trivialidades. Provavelmente, sentinelas do lugar. Tateia mais um pouco até
tocar em hastes de ferro e barris, de onde vem o odor forte de óleo. Como medo
de incendiar o local, ele volta para o corredor e decide acender umas de suas
tochas. O aposento revelado, se mostra sendo o arsenal da guarda da cidadela.
Vê armas e armaduras padrões, com as cores do príncipe. Vê os barris para
polimento do equipamento, mas nada chama muita atenção do jovem anão. Que
decide enfim, se recolher aos aposentos.
Gillius e Tummbut chegam até A Sala de
Registros e encontram o Escriba debruçado sobre tomos antigos. Ele interrompe
de bom grado, seu trabalho de tradução para atender os recém-chegados. “Meu bom
gnomo, procuro informações sobre tal artefato.” – explica Gillius, retirando a
caixa metálica com o objeto do tamanho de dois punhos fechados e cheio de
válvulas. O Gnomo olha atentamente para o item e diz: “Ora, esse é um trabalho
de Simon Clockwork, o feiticeiro do Vale dos Cedros.” Ele anda até uma estante
e tira de lá um livro com capa de couro. Ele folheia e franze o cenho para
Gillius. “Estranho! O livro está em branco. Juro pelo Panteão gnomo e anão que
essas páginas estavam repletas de diagramas dois anos atrás...agora estão em
branco!” Gillius pega o livro e na capa, comprova o nome do autor. “Posso ficar
com isso?” O gnomo permite, balançando a cabeça. “Se houver alguma descoberta,
me avise. Gostaria de saber como isso ocorreu...”. Tummbut ainda pega o livro
para verificar se há alguma mensagem oculta, mas não há. Gillius agradece o
escriba se se recolhe também.
Goblet,
nessa madrugada tem sonhos relevadores. Sua experiência pós-morte lhe devolveu
(depois do jogador passar num teste de Colapso) parte da memória perdida. Ele
se lembra de uma reunião. Um jantar provavelmente. Ânimos ficaram exaltados e
aço foi desembainhado. Um anão atacou o outro. Sangue fora derramado. Goblet
(em idade de criança), se escondeu em baixo da grande mesa de carvalho. Anões
de clãs diferentes começaram a se matar nessa noite. Gritos e xingamentos foram
ouvidos. Uma taça pesada rolou da mesa e bateu em sua cabeça. A ultima coisa
que viu, antes de desmaiar, foi o vinho escorrendo da mesa... vinho? Não era
vinho... era sangue.
Na manhã seguinte, todos fazem os
preparativos e iniciam a jornada pelas montanhas. Os homens da guarda real,
acompanham novamente até o limiar das terras do principado. Explicam também que
se a intenção é pegar o destacamento orc de surpresa, a melhor opção seria ir
por trás, seguindo o rio. Mas alertam: cruzar o rio para o outro lado, leva-os
diretamente para território dos traiçoeiros “orelhas-pontudas”, que atiram suas
fechas afiadas antes de fazerem perguntas. O grupo acata o plano dos soldados
do príncipe e seguem o rio pelo bosque. A certa altura se despedem e percorrem
sozinhos, o território entre as montanhas. Todo esse trecho marcado pelo rio, é
ladeado por florestas, e a presença de elfos é sentida no ar.
Goblet, como sempre, se adianta para
fazer o papel de batedor. De longe, avista a fumaça de um acampamento. Faz
sinal para os companheiros aguardarem. Seguindo pela mata fechada, avista
finalmente o acampamento do inimigo: oito orcs, liderados por um imenso
troglodita vestido cota de malha acobreada. Atrás dos monstros, todo o
carregamento roubado, dividido em caixas, barris e arcas.
Enquanto isso, os outros anões são
surpreendidos por uma veloz flecha que acerta o tronco morto ao lado deles.
Rapidamente, eles puxam suas armas, mas o elfo atrás, já está próximo e com
outra fecha de prontidão. Ele diz algo em sua língua nativa e por sorte, Gimli
Bloodsword conhece o idioma cantado.
“- Não ousem adentrar nosso
território. O que fazem aqui?” – diz o elfo de cabelo platinado.
“- Bom...está vendo aquela fumaça? Há
orcs além do rio. Viemos atrás deles. Não queremos nada com vocês. Nos deixe
andar por essa terra e acabaremos com aqueles malditos.”
“- Vocês tem 1 hora. Depois disso,
meus caçadores faram disparos para matar. Seja orc, ou anão.”
“Não precisaremos de tanto tempo.
Asseguro.”
Redael Folha de Prata. Aliado ou inimigo? Só o tempo dirá... |
O elfo assente, baixa o arco longo e volta
para as matas. Uma habilidade que aos olhos dos anões, parece uma
invisibilidade sobrenatural.
Goblet retorna e atualiza o grupo com
a descoberta. Em armas em punho, eles vão até o rio. O barulho da água corrente
esconde qualquer barulho que as armas e armaduras poderiam fazer. Eles se olham
e preparam as armas. É hora do pau! Eles gritam, chamando os orcs do outro lado
do rio. A estratégia deles, é fazer os orcs lutarem contra eles, enquanto lutam
contra a correnteza. Sem pensar, os brutamontes pegam seus tacapes e avançam
com fúria. Adentram na água já sendo alvejados por Gimli e Gurin, que usam
arcos curtos. Uma vez próximos, esses anões largam os arcos e pegam suas armas
brancas.
Goblet e Tummbut sobem numa árvore
para lutar a distância. Goblet com suas adagas arremessáveis, e o dragão fada
com sua magia natural. A trocação de golpes segue e num dado momento (e como
resultado de uma falha crítica), um dos orcs agarra Gimli e o joga dentro
d´água, que obviamente, encobre o anão.
Pancadaria raiz! |
Goblet por sua vez, tenta laçar a arma
do líder deles, mas tira um “1” natural. Seu gancho agarra em um galho errado.
Ele desequilibra e cai, fazendo um movimento de pêndulo que o lança até o rio.
Felizmente, ele cai em cima dos cadáveres de orc que começam a represar o rio.
Enquanto isso, Gimli luta para não se afogar. Faz um teste de Constituição e
passa, mas ainda assim não consegue se mover, devido a armadura pesada dentro
da água.
Gillius derruba outro orc, mas nesse
momento recebe uma lançada certeira que lhe causa o dobro de dano, deixando-o
com poucos pontos de vida. Tummbut em um turno lança dardos místicos derrubando
um orc que já estava ferido por Geia e no turno seguinte, lança “levitação”
para ajudar Gimli a emergir. Com efeito, ele consegue. Gurin em seguida,
derruba mais um orc e se junta a Gillius para derrotar o capitão deles. Com a
combinação de forças dos anões guerreiros, o troglodita é morto. E finalmente
eles conseguem recuperar a carga. Entretanto, por uma questão logística, eles percebem
não terem meios de carregar tudo. Preferem deixar ali para pegar depois. Entretanto,
os anões encontram uma carta que diz: “Entregue as cargas no local de sempre.” –
Goblet, apesar de não muito genial, faz comparações das letras com uma das
cartas enviadas diretamente da Cidade Livre de Greyhawk, e como se fosse um “jogo
da memória”, percebe que as letras são as mesmas em ambas as cartas. Sendo que
a primeira carta, ele encontrou no Acervo do Escriba e fora assinado pelo
próprio Sir Robilar. Logo, uma descoberta bombástica: Sir Robilar é um traidor
dentro do Conselho de Guerra! Eles debatem um tempo sobre tal revelação e as prioridades. Até ficar decidido aproveitar que estão ali e investigar o vale, onde o tal
feiticeiro que visitava a corte, desapareceu. Essa sendo, a terceira e última Demanda,
solicitada pelo próprio Príncipe Olinstaad.
No trajeto até o vale, o grupo deixa a
floresta para trás, entrando numa espécie de vale úmido. O chão começa a se
tornar enlameado e num dado momento, Goblet, percebe no horizonte, poeira
levantada por marcha de tropa. Os companheiros decidem sair da trilha e se esconder
atrás de grandes pedras que ladeiam o passo. Dali, observam um grande
destacamento passar. Cerca de 30 orcs, atrás deles, ainda seguem mais 4
arqueiros. Os anões fazem um teste de Destreza para não fazer barulho e
felizmente todos passam. Os orcs arqueiros seguem marcha. Os anões percebem de
imediato, que um exército está sendo reunido em algum lugar da cordilheira. O
Conselho deve ser notificado.
Por fim, adentram o ponto mais escuro
e úmido do Vale dos Cedros. No final do charco, avistam a grande casa de pedra, lar e oficina do
Feiticeiro Simon Clockwork. Goblet avista as pegadas e aponta: “pegadas de ogro, como disseram no Conselho”. Os anões seguem chapinhando até a fachada da
construção. Da portinhola do portão duplo,
avistam um sinistro rosto azulado, sorrindo. Um rosto de ogro, com uma boca maligna e cheia de
dentes...
Enquanto isso, em algum lugar na Cordilheira, Sir
Robilar junta seus homens fiéis. “Fiquem com suas armas em prontidão...podemos
precisar delas mais cedo do que eu imaginava...” – ele grita para seus soldados.
Depois disso, ele aperta a Pedra Mensageira dada por Goblet. – “Fico feliz que
aquele anão tenha me dado esse item mágico. Está sendo bastante útil.” – ele sorri
malignamente. Seu sorriso é pior que o do monstro na porta.
FIM DA SEXTA SESSÃO
Hexágonos explorados:
K4/111 – Havenhill, no Principado de
Ulek
K4/112 – Passo da Cordilheira
Premiação de pontos de experiência da
sessão:
1500 de XP – por terem derrotado o
destacamento de orcs e ter recuperado os suprimentos das tropas da Cidadela.