domingo, 1 de maio de 2016

Nostalgia: As Novas Aventuras de Katabrok

Diversão por R$ 2,50. Bons tempos!
No distante ano de 1997 (ai, ai, como estou velho...), mais especificamente em setembro, chegou às bancas de minha pequena cidade uma revista diferente. Dos autores da Dragão Brasil (que eu já vinha acompanhando mensalmente), a revista era uma reformulação que infelizmente durou pouco, apenas duas edições (a outra, foi o sci-fi UFO Team). A Só Aventuras, a partir de agora, traria um jogo fechado e com personagens prontos, que tinha a proposta de “sentar e jogar”.

O grupo de Katabrok era bem diversificado!
O sistema era o que hoje é conhecido como Sistema Daemon, que eu passei a adorar e só anos mais tarde vi que era uma “homenagem singela” ao Basic System da Chaosium (o mesmo sistema usado em Call of Cthulhu e Elric RPG), com algumas modificações. Depois, comprei o Arkanun que possibilitava criar personagens no mesmo sistema. Legal notar que o jogo de passava em Sambúrdia, ANTES de Tormenta nascer, depois o reino foi anexado ao cenário oficialmente. A arte era toda do incrível André Vazzios, até hoje, os desenhos são lindos, nem um pouco datados.


 A fina revista (22 páginas apenas), trazia regras para mestrar, fazer testes, regras de combate, e no final, uma simples e eficiente aventura dungeon crawl: A Espada de Morkh Amhor. Nela, uma antiga criatura iria despertar em breve, um ser que traria o juízo final para o reino. A única forma de contê-la era fincando a espada mágica de um lendário herói, escondida numa tumba secreta. Pensando bem, essa era uma aventura de 1º nível com o Tarrasque, apesar do nome citado na publicação seja apenas O Destruidor de Mundos. 

Lembro que jogamos durante um semestre inteiro na escola. Atrás de cada personagem dizia o que cada um recebia ao passar de nível, logo apesar de simples, eles arrumaram uma maneira de não restringir o avanço dos personagens. Além disso para quem não tinha o conjunto de dados multifacetados, o livreto vinha com um “simulador de dados”, bastando pegar uma lapiseira e apontar às cegas para um dos quadradinhos emulativos.

O Simulador de dados.
Tenho muito carinho por essa revista, às vezes, quando preciso apresentar o RPG para iniciantes, monto um kit contendo ela, miniaturas, dados e jogo com a galerinha. Foi uma época onde cada publicação era importante, pois não haviam as comodidades da Internet e as compras no exterior. Diversão garantida.

Bons jogos a todos!



6 comentários:

  1. Show de bola. Lembro de ter comprado ela há séculos atrás! É, eu também descubri a "homenagem singela” ao Basic System da Chaosium que fiseram rsrsr mas como o sistema original estava a anos luz do Brasil, foi válido.

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    1. Haha, sim, exatamente. Obrigado por ler e comentar.

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    2. Ainda tenho ela! Odeio sistema Daemon, respeito tormenta, apesar de 80% dela nao ser original, mas adorava a Dragão Brasil, tenho a maioria!

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    3. Ah, tem muito tempo que não jogo o sistema Daemon, mas confesso que gosto. Mas sim, tanto Tormenta quanto esse sistema são ``colchas de retalho`` mesmo. Verdade seja dita. Obrigado por ler e comentar.

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    4. Andando pela imensidão desse universo que chamam de internet, deparei-me com este artigo, que conta a historia de um grande guerreiro, isso me trouxe muitas lembranças, lembranças de quando eu era jovem e costuma me juntar com meu grupo para nos aventurarmos em busca de grandes riquezas.
      obrigado!

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    5. Opa meu amigo. Sempre bom passear pela nostalgia. Nosso foco aqui no blog. Bons tempos de fato. Me diverti muito com meu primeiro grupo de RPG e essa revistinha despretensiosa aí. Abraço!

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