"GURPS Conan, what is best in life?" |
Para o post nostálgico de hoje, selecionei um livro ao qual tenho muito apreço: a adaptação
oficial para GURPS, da Era Hiboriana de Conan, lançada aqui no Brasil pela
Devir, em maio de 1997! Esse livro
tem muita importância para mim por vários motivos: primeiramente, representa o
livro que me deu vontade de aprender a jogar GURPS. Eu já tinha o livro básico,
sabia que se tratava de um RPG genérico, mas eu não tinha um ponto de partida,
uma temática consolidada na cabeça para dar o pontapé inicial. Esse suplemento fez isso. Meu deu um norte. Depois, foi o livro que me acompanhou quando meu avô faleceu e fiz uma
viagem de 48 horas com minha mãe e minha irmã até Mato Grosso. Na minha mochila, eu tinha esse
suplemento e duas revistas do Conan (a fase Espada Selvagem) recém compradas na banca da rodoviária. Eu
havia acabado de deixar Marvel e DC um pouco de lado, para encarar histórias
mais maduras. Foram dois dias cinzentos, reconfortados por aquelas páginas, explorando aquele mundo fantástico recém descoberto por mim.
Em suas
128 páginas, o livro apresenta a história do mundo imaginado por Robert E.
Howard, sua geografia, seus povos, religião, ameaças, principais aliados e
inimigos do cimério, as principais fases da vida retratada nos contos e
romances de Conan, indo de seu início como ladrão em Zamora, sua identidade
como pirata, legionário, kozak, até Rei da Aquilônia.
Lembro até
hoje que quando mestrei minha primeira campanha de GURPS Conan, meus amigos
indagaram se alguém jogaria com o Conan. “Não. Vocês provavelmente nunca irão
encontrá-lo. O que importa aqui é o cenário de campanha. O mundo.” Eu tive que emprestar minha coleção de Espada Selvagem pra eles terem uma noção mais apurada da proposta. Foram tardes,
explorando selvas tomadas por canibais, assaltando torres arcanas e enfrentando
exércitos pictos nas fronteiras civilizadas. E claro, com personagens construídos com 100 pontos.
Na verdade, uma das “cerejas do bolo” desse livro, é que ele apresentava as regras de combate em massa. Como treinei essas regras! Lembro que montava em uma espécie de playtest solitário, duas tropas para se confrontarem. Tudo para explorar ao máximo, as possibilidades apresentadas nas tabelas. Soldados com o moral baixo, alto, abalados, em debandada. Essas regras são fantásticas até hoje! Adaptá-las para outros sistemas e publicar aqui no blog é uma ideia que tenho em mente.
Na verdade, uma das “cerejas do bolo” desse livro, é que ele apresentava as regras de combate em massa. Como treinei essas regras! Lembro que montava em uma espécie de playtest solitário, duas tropas para se confrontarem. Tudo para explorar ao máximo, as possibilidades apresentadas nas tabelas. Soldados com o moral baixo, alto, abalados, em debandada. Essas regras são fantásticas até hoje! Adaptá-las para outros sistemas e publicar aqui no blog é uma ideia que tenho em mente.
Outra parte
muito rica do livro é a geonímia dos reinos: a descrição deles é tão incrível
que é possível utilizar o texto para jogar em outros sistemas: seja Dungeon
World, DCC, Old Dragon, etc. Cada reino tem suas entradas sobre história,
economia, religião, nomes comuns, nível de mana, ideias de aventuras, entre
outros. No mais, GURPS Conan hoje em dia é um livro considerado raro, pela
baixa tiragem da Devir, na época. Se encontrar à venda, não deixe passar.
Abraço a
todos e bons jogos!
Comprei o meu ani passado em um sebo dá minha cidade. Paguei R$20. O livro estava novo, ainda no plástico que vinha da devir. O livro é sensacional!!! Ótima matéria. Parabéns!
ResponderExcluirValeu, Carlos. Deu muita sorte em ter encontrado por esse preço. Vejo a galera perdendo a noção ao negociar esse livro. Obrigado por ter lido e comentado. Abraço.
ExcluirTenho vontade de comprar esse livro até hoje. Perdi uma oportunidade no mercado livre... estava por trinta reais.
ResponderExcluirSou grande fã do Conan e de seu criador Robert E. Howard. Já li a maioria de seus contos. Sempre fico na expectativa se algum material dele vai sair no Brasil.
Agora...se não estou enganado, o mapa que vinha nas revistas em quadrinhos, foi feito por um brasileiro.
Grande matéria.
Valeu Igor. Também tenho muito carinho pelo personagem e seu criador que teve uma vida tão curta. Em breve teremos mais resenhas de outros materiais sobre o cimério. Abraço.
Excluirfoda!
ResponderExcluirGostei dessa ideia das regras do combate em massa, se puder compartilhar com a gente num post!
ResponderExcluirPode deixar, mais pra frente vou tentar disponibilizar a regra oficial de GURPS sobre combate em massa e uma adaptação minha para D&D 5a edição e DCC. Abraço!
ExcluirEsse livro é foda. Estou usando ele com savage worlds, as descrições dos diversos reino hiborianos, da história do mundo e outros já vale o livro.
ResponderExcluirExatamente. Sempre que releio tenho vontade de iniciar uma nova campanha no cenário. É um livro riquíssimo e inspirador. Abraço!
ExcluirBoa tarde! Gostei muito do artigo, exala um saudosismo benévolo da época em que eu jogava GURPS com minha turma (por volta de 1995-1999). Lembro de quando comprei meu GURPS CONAN, numa banca aqui em Santos, cerca de 3 anos depois de seu lançamento: uma época em que as grandes bancas de jornal reservavam uma ou duas prateleiras só para livros de RPG. Como eu queria ter um smartphone ou câmera naqueles tempos! Tenho todos os suplementos GURPS nacionais, só não tenho aqueles mini-Gurps históricos, mas esses são fáceis de se encontrar. Belo texto!
ResponderExcluirQuando puder, dê uma visita ao meu blog COVIL GURPS.
Que bom que curtiu. GURPS é um sistema que eu queria falar mais e jogar mais. Me marcou demais nessa época, justamente nos anos que mencionou. Pode deixar que vou conferir o seu blog depois. Grande abraço!
ExcluirEsqueci de incluir o link para o meu blog:
ResponderExcluircovilgurps.wordpress.com