Finalmente mestrei o módulo Doom of the Savage Kings, aventura de 1o nível que vem gratuitamente (ou pelo menos vinha) com a aquisição do corebook do Dungeon Crawl Classics. Abaixo faço um relato de como foi minha experiência com ela, contendo assim, grandes spoilers referente aos acontecimentos detalhados no livreto. Seguindo a qualidade de sempre dos produtos da Goodman Games, o módulo traz uma aventura para ser completada em uma tarde. O grupo que joguei, terminou a história inteira em exatas 5 horas.
Na trama, nossos personagens iniciam o jogo depois de andar por dias, rodeados pelos descampados lamacentos e nebulosos. Das névoas ao redor, avistam formas humanóides e um grito feminino vindo à frente. Por fim, percebem que se trata de camponeses levando uma bonita moça de cabelos preto-corvo para um sacrifício. Um dos personagens se comoveu pelo apelo da jovem menina e o grupo solicita explicação pelo o que está acontecendo ali. O líder do grupo, diz que estão apenas cumprindo ordens, mas diz se o grupo insiste em levar Morgan de volta, eles terão que dar satisfação ao Jarl de Hirot, uma cidade ao oeste da velha estrada.
Chegando em Hirot |
Assim, os personagens se envolvem no problema da cidade: há três meses, um antigo demônio percorre as ruas e leva uma vítima aleatoriamente da cidade para ser morta em um monumento antigo, erguido por tribos de outrora. Valorosos, os personagens fazem uma apelo à corte do Jarl e a cidade para cessarem os sacrifícios e que eles pensarão em alguma forma para destruir a besta de uma vez por todas, já que a criatura fora duas vezes previamente e sempre retorna. Essa noite, a besta deve ser derrotada uma terceira vez (sendo que os guerreiros do Jarl já haviam matado a fera duas vezes antes) para que todos possam ter tempo para estipular um plano alternativo.
O primeiro encontro com a besta nas ruas do vilarejo |
Doom of the Savage Kings é uma ótima pedida por oferecer uma mistura bem executada entre um rail road (aventura nos trilhos) e o sand box (com um espaço rico a ser explorado livremente pelo grupo). Existe muita coisa a ser explorada dentro das paliçadas da cidade, muitos NPCs detalhados e fora dela, há uma tumba (que foi da onde a besta fora libertada), uma grande e densa floresta, o antigo local sagrado e a área pantanosa onde o demônio se esconde (e de onde renasce, quando destruído). De maneira natural, meu grupo desejou explorar vários desse pontos, bastando uma conversa com os moradores e descobrindo o que havia pelos arredores da cidade e suas lendas.
Pontos altos na sessão:
- Os jacarés da área pantanosa que quase mataram o grupo
- A promessa feita a certa bruxa, ao qual resultou num casamento inusitado no final
- A traição da elfa do grupo ao qual passou a dominar a tumba de seus antepassados
- O aprisionamento do demônio-lobo na primeira tentativa no final do jogo!
- A sessão terminou com um gancho não previsto pelo módulo: a elfa traidora libertou outro espírito animal venerado pelos elfos de outrora. Dessa vez um demônio-urso!
Por fim, é um livreto que apesar de curto, é capaz de dar a partida em uma série de histórias baseadas nessa mesma localidade e desnecessário dizer, com uma arte linda, com direito a 3 lindos mapas: a cidade, a região e uma masmorra bem mortal. Se o módulo Sailors on the Starless Sea (já resenhado aqui) transmite um clima aventuresco de sessão da tarde, esse aqui parece uma matinê de terror com uma boa pegada de Beowulf. E mais: como vencer uma criatura que não pode ser morta?
Bons jogos a todos!
Bem legal, tenho curiosidade de jogar Dungeon Crawl Classics.
ResponderExcluirFaça mais algumas resenhas de literatura como você com a Companhia Negra, achei bem interessante.
Opa, que bom que curtiu. Anotada sua sugestão: farei mais resenhas literárias. Obrigado por acompanhar e comentar aqui. Abraço.
ExcluirAventura interessante. Uma dúvida, vc disse que a elfa do grupo traiu eles e passou a dominar a tumba de seus antepassados. Que tumba é essa?
ResponderExcluirVc não disse que a tumba era do monstro?! Ou seria outra tumba?rs
É a tumba de onde a criatura fora libertada antes da aventura iniciar. Isso é contado no background dela na verdade. Por fim, o grupo é levado até lá para obter informações das lendas a respeito dos totens que foram venerados pelas tribos élficas eras atrás. Na minha aventura, a elfa desejou tomar a tumba abandonada e no final da trama, despertou um novo espírito-animal que habitou o local.
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