quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Resenha da semana: THE RAVEN (1963)


Dias atrás minha esposa selecionou no Netflix, um filme chamado “The Raven” de 1963. Ela sabe que gosto de filmes do Vincent Price e achou a sinopse interessante. Perceba que até esse momento, não havia “caído a ficha” de que era um filme essencial para nós, jogadores de RPG.

             A sinopse é a seguinte: O poderoso feiticeiro Dr. Erasmus Craven vive recluso em seu castelo, de luto pela morte de sua esposa Lenore há dois anos, para tristeza da filha dele Estelle. Numa noite, entra pela janela um corvo que se revela como o feiticeiro Dr. Bedlo, transformado na ave após um duelo de magia com o maligno Dr. Scarabus. Craven o ajuda a voltar ao normal e Bedlo quer retornar ao castelo de Scarabus para a revanche. O doutor Craven vai junto pois Bedlo lhe contara que vira o fantasma de Lenore no lugar. Acompanha a dupla de feiticeiros Estelle e Rexford, filho de Bedlo. No castelo de Scarabus ocorre o novo duelo de magia dele com Bedlo e depois, a luta final com Craven.

             Nessa primeira parte, é bem legal como o corvo dita os componentes da magia que pode reverter seu estado. Fiz meu primeiro comentário inocente aí: “nossa, que legal, componentes de
magia!” Já na virada do primeiro ato, para o segundo, para salvar sua filha das mãos do capataz (que está sendo controlado mentalmente), nosso protagonista emite agora uma nova magia, consistindo em 3 dardos de energia. Daí, meu segundo e último comentário inocente: “que engraçado, parece a magia Dardos Místicos”. Daí veio o estalo! Lembrei que o corebook do Dungeon Crawl Classics menciona The Raven. Pausei o filme e peguei o livro, corri pros Apêndices e lá estava: o filme em questão, amigos, serviu de inspiração ao senhor Gary Gygax para a confecção das muitas magias do Dungeons & Dragons!  

MIND BLOWING!

          Ao meu ver, ele pensou: “preciso encaixar todas as magias desse filme, nesse jogo.” Ao decorrer do filme (principalmente no clímax), é possível notar magias como escudo arcano, truque
de corda, dardos místicos, controle mental, ilusão, esfera prismática e até a querida bola de fogo! E mais: fica claro que o sistema de magia do DCC é bastante próximo do apresentado no filme, uma magia caótica e misteriosa, é como uma evolução natural do sistema de magia adotado por Gygax, mas em forma de pura homenagem. Ponto alto para o duelo de magia no final, ilustrando passa a passo as regras do DCC pra tal embate.

         Por fim, recomendo fortemente assistirem esse filme que está atualmente no catálogo nacional do Netflix. É um filme B clássico, de suma importância para a gênese do nosso hobby. digo mais: com uma trama que se encaixa perfeitamente em cenários como Ravenloft e Transilvanian Adventures (cenário gótico confeccionado para o DCC).



Abraço a todos!

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