Um anão cruza a região das Colinas Uivantes.
Mas seu rosto ainda não é conhecido. Portando uma maça de infantaria em sua mão
direita, um escudo dourado na esquerda, ele viaja atento aos perigos: sabe que nessa
região deve ter cuidado com os lobos e com as tribos nômades. Ele sabe que está
atrasado, mas no caminho, teve que atender à alguns chamados de ajuda. Ao ler a
carta de seu parente Roslof, não lhe restou dúvida: um parente em necessidade
não deve ser ignorado. Uma vez no vilarejo, as portas fechadas demonstram que
as pessoas não querem conversa com estranhos. A taverna também está fechada: um
fato deveras curioso. Só no limiar da vila, que ele encontra caçadores
dispostos a conversar. “Os outros anões rumaram para o leste. Basta seguir a
trilha que a lama tentou apagar. Nossos homens da vila estão nesse momento
limpando essa rota. Basta seguir até o descampado e a cratera com o elevador.”
– o anão agradece e segue seu rumo. Apresento-lhes:
Gilius Thunderhead, (anão da colina, guerreiro,
nível 1, personalidade: exemplar), antes de se aventurar, Gilius era um rancheiro que cuidava de cabritos montês, de gostos simples e práticos, tenta ser um bom exemplo para seus
irmãos de armas. Em combate, portando sua fiel maça de infantaria, tende a assumir grandes riscos em prol de feitos heróicos.
Voltamos agora, nossa atenção para os quatro
outros anões dentro da Forja Perdida: Goblet, Gurin, Gimli e Geia. Gimli
Bloodsword ainda sente os efeitos do envenenamento, mas uma hora depois, só
começa a se sentir melhor. Orgulhoso, diz estar pronto para a próxima!
(Finalmente, passando no Save vs Poison!). O grupo decide ignorar a criatura
de magma por hora, preferindo voltar a área do trilho e explorar a outra metade
da galeria. Assim que retornam, escutam Gillius descendo pela corda deixada na
entrada. “Primo!” – exclamam Gurin e Goblet. Apresentações são feitas, escudos
são batidos e mais um anão se junta à comitiva.
A outra metade da galeria consiste numa área de
cavernas em pedra viva. Ao abrir a porta de acesso para elas, Gurin e Goblet
escutam um som familiar, mas inesperado: picaretas batendo na pedra. “- Aparentemente,
alguém está minerando! “ – Gurin avisa aos outros. O grupo ainda olha as
paredes em busca de algum veio promissor, mas aparentemente, toda a mina fora
extraída em seus dias de glória. Goblet, atuando como batedor (e o mais furtivo
do grupo), passa no teste de Encontrar Armadilhas e se depara com uma discreta
linha: em cada uma de suas pontas, sinetes para alertar a presença de intrusos.
Ele avisa ao grupo, que fiquem atentos à armadilha.
Mais a frente (ainda sozinho como batedor),
Goblet segue os sons das picaretas, até se deparar com um grupo de fato
trabalhando: seis norkers (sub-espécie de goblinóides) e seu capataz: um duergar, inimigos mortais dos anões. “Obedeçam a seu mestre e continuem a procurar!
Mais rápido! – Seguido do estalo do chicote. Goblet sai rapidamente para avisar
aos outros (passando num teste de Destreza, para evitar ruídos).
Ao relatar o grupo de trabalho, os anões optam
por explorar outra parte da caverna. Esse novo local está tomado por blocos de
pedra e umidade, aparentemente, de uma água que está minando das paredes. Ao
redor, várias caixas e barris apodrecidos e molhados também. Goblet vai até o
final dessa gruta e por passar num teste de Sabedoria (com fins de percepção),
nota a aproximação do perigo: uma grande criatura insetóide abre um buraco aos
pés do jovem anão e ataca. Pelo visto, os anões adentram a um ninho de ankheg.
Rapidamente, o grupo se afasta, só para ser surpreendido pelo jato ácido que a
criatura dispara. Os integrantes mais a frente, deve passar num SAVE vs. Veneno
e apenas o azarado Gimli Bloodsword não passa, recebendo 1d10 (6 de dano). Para
evitar um segundo ataque desses, o grupo se espalha, com Gilius subindo em uma
das pedras para poder atacar de cima. Gurin e Thomas, o maneta (o NPC
contratado na sessão anterior), atacam mas a carapaça da criatura se mostra
extremamente dura. Gimli vem em seguida conseguindo encontrar uma brecha, e acertando
o ankheg. A criatura ainda acerta Thomas, deixando o peleiro com apenas 2
pontos de vida.
Depois de tentar por 2 rodadas, Gurin também consegue acertar o
ankheg, que apesar de ferido, ainda luta com selvageria. O próximo ataque de
Gimli é desastroso, um “1” natural no dado, faz com que ele prenda a sua espada
na caparaça da criatura. Enquanto isso, Gilius bem posicionado acima da
criatura faz um teste de Destreza para pular em cima do inseto gigante. Com
êxito, fica bem posicionado.
"Gerônimooooo!" |
Goblet, o jovem vem por trás furtivo, mas não
encontra brecha para atacar, errando seu ataque. O inseto se agita ainda mais
com um anão pendurado em sua armadura natural. No próximo turno de Gilius
Thunderhead, ele prepara sua fiel maça de infantaria e consegue aplicar um
ataque devastador, causando 7 de dano. A maça transforma a cabeça queratinosa
da criatura, numa massa única de dor e agonia. Em seus últimos esforços ataca
duas vezes. Um ataque é bloqueado por Gimli, o segundo acerta de raspão o anão
Gurin. Gimli, com a espada ainda presa na carapaça, tenta em vão recuperar a
arma. Sobra para Gurin aplicar o golpe final com seu machado de batalha.
Ao final do embate, Gurin e Goblet descem pela
abertura criada pelo ankheg. Nesse buraco, encontram 3 ovos, moedas de prata
coletadas, e um livro cuja capa estava cheia de detritos orgânicos da criatura.
Uma vez limpo, esse livro é entregue a Geia, que começa a estudá-lo de
imediato. Suas páginas revelam se tratar de um diário bem antigo, pertencente
ao Mestre da Forja. Entre as informações coletadas, ele descobre que apenas 2
guardiões (dos três) foram forjados de fato, um deles é um elemental da terra,
trazido do próprio plano elemental, como um serviço prestado. Geia guarda essa
informação para o momento propício. Depois deles distribuírem as moedas de
prata encontradas, eles partem para o outro cômodo. Nesse, encontram o estoque
(julgando pelas boas condições das caixas e barris) dos norkers escravos e de
seu capataz: corda, pregos, barril com água potável, uma garrafa de hidromel,
rações para viagem (10 unidades) e uns frascos vazios. Eles pegam o que os
agradam e partem para combater o duergar e seus lacaios.
Entrando de assalto na sala onde os norkers
mineram, o duergar diz que não sairão dali vivos, que ele chegou ali primeiro e
que se prezam por suas vidas, é melhor voltarem para o buraco de onde saíram.
Nesse momento, Goblet passa no teste de Esconder-se nas Sombras de 15%!
Deslocando-se pelas sombras, ele visa pegar o líder por trás. O embate se
inicia. Os norkers acertam Thomas (que fica com 1 de vida!) e derrubam Gurin e
Gimli (ambos já estavam com ferimentos devido o combate com o ankheg). Joguei
por trás do Escudo do Mestre 1d6 para ver quantas rodadas eles teriam ainda
vivos, resultando em 5 e 6 respectivamente). Quando tudo parecia perdido,
Goblet surge com uma adaga na jugular de Broddan. Ele diz que pode ser razoável
em sua negociação. Goblet temendo ser ludibriado, aplica um corte fatal na
garganta do anão negro, mesmo sobre protestos de Gilius – “ele seria um refém
valioso...”
Os norkers ainda lutam, mesmo com a perda do
líder (secretamente, passaram num teste de Moral). Em seguida, Geia faz a sua
parte, e gastando duas magias de curar ferimentos, coloca de pé, os
companheiros tombados, canalizando a vontade de Ulaa, a deusa mãe dos anões em
Greyhawk. Thomas golpeia, mas seus ataques são fracos (causando 1 de dano em
todas as vezes que ele acertou...). Os anões se juntam para derrotar de vez
esses norkers (por serem parentes de goblins, os anões adicionam 1 ao ataque).
Deixam vivos, apenas 2 deles (esses sim se rendem depois de falhar na jogada de
Moral). A clériga, que fala orc, consegue estabelecer alguma comunicação e
obtém algumas informações: o caminho adiante foi fechado por eles, para que
eles não mexessem com o guardião de pedra. Eles foram escravizados por Broddan
para procurar três pedras especiais nessa galeria. E por último: o mestre de
Broddan, é Iuz, o maligno, que montou grupos de batedores para investigar essa
região, depois dos rumores de itens mágicos perdidos nas colinas. Outros
lacaios de Iuz, certamente, virão a procura deles. Goblet e Gimli revistam o
duergar e entre seus pertences, havia um apito de osso e um papiro com o brasão de Iuz e ordens
explicitas para vasculhar a região.
Depois dali, decidem finalmente enfrentar o
primeiro guardião. Eles voltam para a grande caverna de entrada com os trilhos.
Seguem até o final do percurso até uma espécie de lixão: todo o metal usado na
mineração foi abandonado aqui. Ferramentas, carrinhos de minério, chapas
metálicas, etc. Nesse momento, Geia analisa a oxidação das placas e
ferramentas, passando num teste de Inteligência, ela nota que a ferrugem não é
natural. Ele alerta o grupo. Goblet arremessa uma pedra no entulho e chama a
atenção da criatura: um ser quadrúpede, do tamanho de um cachorro grande e sua
pele é tomada de metais absorvidos. Apesar disso, ela é magra e ágil. Num
piscar de olhos, salta sobre Thomas, o maneta (que tinha ido na frente tentar
avistar algum movimento).
A estratégia dos anões é cercar a criatura e
derrotá-la antes de ferir Thomas gravemente. Entretanto, a criatura usa seu
ataque especial: uma espécie de spray que oxida a olhos nus, o machado de
Gurin. Ele perde seu turno trocando de arma. Gilius e Gimli são acertados pelas
afiadas lâminas do comedor de metais. Geia e Goblet tentam acertar, mas suas
armas batem inofensivas nos metais que revestem o primeiro guardião. Gilius
finalmente acerta, em seguida, Gimli também. Quando Gurin vai tentar atacar, é
novamente engolfado pelo spray que destrói sua segunda arma. A distância, o
jovem Goblet tenta arremessar suas adagas, mas eles batem inofensivas na
criatura metálica. Thomas ainda grita imobilizado embaixo do comedor de metais.
Gillius e Gimli acertam uma nova bateria de golpes e Gurin, furioso com as
armas perdidas, ataca com as mãos nuas, e felizmente tira um “20” natural, mais
do que o suficiente para destruir o guardião, que já estava bastante ferido.
Geia se aproxima e olha no interior da criatura, confirmando sua teoria: a
primeira das pedras rúnicas, estava no interior do guardião. Gurin saca sua última
arma: Silverado, machado de prata emprestado por Roslof, o ferreiro.
Confiantes, voltam para o túnel obstruído onde
enfrentaram Broddan. Depois de um justo descanso para recuperar alguns pontos
de vida e Geia poder fazer suas orações, eles iniciam a retirada das pedras
para poder adentrar a passagem, antes bloqueada. O escuro túnel é iluminado
pela tocha de Gurin. Com a visão ajustada dos anões, o grupo avista uma grande
figura bem no fim do túnel. Gilius e Gimli, com armas em punho, se
aproximam, mas não obtém nenhuma reação da figura de pedra, nem amigável, nem
hostil. Num dado momento, a figura se mexe, como se fosse preparar um golpe
para cima dos três anões. Geia vem correndo com o símbolo sagrado de Ulaa nas mãos.
(ela teve uma ótima ideia). Ela lembra que os Elementais da Terra veneram a
deusa-mãe. E de fato, quando o guardião olha para a Montanha com o Coração de
Rubi (símbolo da deusa), ele se acalma e retira de dentro do próprio punho, a
segunda pedra rúnica. Não acreditando na sorte que o grupo teve em trazer a
clériga, eles sobrepujam o segundo guardião sem combate! Os deuses sorriem para
os companheiros anões, finalmente!
Agora só falta o terceiro guardião: o monstro
de magma. Nesse momento, os anões de dividem em 2 grupos para fazer os últimos
preparativos. Geia e Thomas ficam para trás, enquanto os outros querem testar
se o último guardião sai de seu domínio. Eles fazem o caminho de volta até o
rio de lava que corre do outro lado da galeria (ao qual visitaram na primeira
sessão). Mas nesse momento, a criatura se levanta e arremessa duas esferas
flamejantes. Mas não na direção do grupo e sim na passagem. Pedras caem
prendendo o grupo ali. Eles estão presos ali, e sem a clériga, que ficou do
outro lado do deslizamento no corredor. Como será o embate contra o último guardião? Só teremos
a resposta na próxima sessão.
Enquanto isso, ao sul dali:
Batedores de Iuz chegam até seu mestre. “Alguns
anões estão na região, parece que a Forja Perdida foi encontrada. Talvez tenham
derrotado até o senhor Broddan”. Iuz, o maligno, sorri na escuridão e responde “Deixe-os
acreditarem que estão com a vantagem... Broddan era um lacaio como qualquer
outro. Dispensável. Essa comitiva de anões terá uma grande surpresa em breve...”
FIM DA SEGUNDA SESSÃO
Hexágonos explorados:
M4/60 – Vila das Colinas uivantes
L4/60 – Trilha dos caçadores e acampamento
K4/60 – A Forja Perdida (posição atual do
grupo)
Premiação em pontos de experiência:
150 – por derrotarem o Ankgheg
100 – por revistarem o ninho do ankheg e
obterem o diário do mestre da forja
200 – pelos norkers e Broddan
100 – pelas boas ideias ao enfrentar o
devorador de metais
300 – por derrotar o 1o guardião e
recuperar a 1a Runa
300 – por subrepujar (mesmo que sem combate) o
2o guardião e obter a 2a Runa
XP final: 1.150 para cada jogador (Geia e
Goblet sobem para o 2o nível)
Que venham mais aventuras!!
ResponderExcluirParabéns pela postagem e pela sessão nostálgica.
Valeu, bro!
ExcluirMuito legal
ResponderExcluirQue bom que curtiu!
Excluir