Esses livros já me acompanharam em muitas viagens! |
Esse artigo
seria mais um da série Momento Nostalgia, mas como a Dragão Brasil está
novamente na ativa, resolvi abordar como uma mera resenha, mesmo que seja
impossível deixar de lado o tom nostálgico atribuído aos momentos em que tive
contato com o material resenhado. Mas como iniciar esse texto?
Com nostalgia, claro!
Com nostalgia, claro!
Todo mês a
moça da banca me chamava assim que descia do ônibus escolar. “A Dragão chegou,
Ranieri! A Dragão chegou!” – ela acenava com um sorriso e peço a Deus que
ninguém a cunhara de louca. Pagava os 4 reais e começava a devorar a revista. Ansioso,
entretanto, para chegar na minha seção favorita: a Dicas de Mestre. E pelo
jeito, não estava sozinho.
Em outubro
de 2002, Marcelo Cassaro publica o Dicas de Mestre, um compilado de artigos
próprios redigidos ao decorrer dos anos, nas páginas da querida Dragão Brasil,
ainda sob o selo da Trama Editorial. Se aquela era a parte favorita dos fãs,
nada mais natural de ter um livro compilando as dicas de maior apelo e sucesso
entre os leitores. O livrinho fez sucesso, tanto que em 2004, o autor lança o 2o
volume, dessa vez com os artigos de outros autores, como Rogério Saladino,
Trevisan e outros colaboradores. E agora, já sob o selo da Talismã. A título de
curiosidade, cada livro teve tiragem de 10.000 exemplares.
A saber,
esses livros influenciaram muito, minha escrita informal. O tipo de humor, as
referencias à cultura pop, a estruturação do tema. É interessante olhar para
trás e ver as coisas que de fato, nos influenciaram positivamente. Além disso,
em um tempo de informação escassa e pouca chance de contato com RPGs importados,
as matérias usavam exemplos de suplementos até então obscuros, falavam sobre o
RPG oficial de Star Wars, citavam a caixa Dragonlance 5th Age, material esse,
citado com teor quase mítico. Isso era incrível! Foram anos lendo e relendo
aqueles “macetes dos veteranos”: sobre como apresentar o hobby à novatos, como
lidar com a morte de um personagem, com um jogador ausente, como adaptar seu
filme favorito, entre muitos outros.
Até hoje
tenho carinho por esses dois volumes. E acredito também não estar sozinho
nisso: vejo pouca gente se desfazendo deles. Me desfiz da coleção da Dragão
Brasil anos atrás, mas não me desfaço desses compilados. E sei por quê: a Dicas
de Mestre era uma parte da revista que se desvencilhava de regras. Era
aproveitada se você era um jogador de Ad&d, de Tagmar, de 3D&T, de
GURPS, ou qualquer outro. Era o momento em que os jogadores de fato, se uniam. No
final, a seção trazia a lição que mais importava: celebrar e refletir sobre
RPG.
Abraço a
todos!
Dicas de Mestre era (e continua sendo, na real) a melhor parte da Dragão Brasil. Tiro inspirações e resolvo dúvidas com esses textos até hoje.
ResponderExcluirE sobre a DB ter inspirado o jeito como você escreve, acho que isso é inevitável para gente da nossa faixa etária. A gente leu essa revista durante um período em que meio que estávamos "aprendendo" a escrever textos maiores e mais elaborados mesmo.
Perfeitamente colocado, Miguel. Abraço!
ExcluirCara...dicas de mestre era/é show. Deu muito suporte pra minhas aventuras e jeito de mestrar.
ResponderExcluirRanieri, tu deveria fazer uma seção com dicas aqui... sérião.
Grande Abraço.
Grande Igor. Pensarei nisso. Abraço.
ExcluirLindo relato meu amigo
ResponderExcluirValeu. Sempre legal te ver por aqui. Abraço.
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