terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

True Detective – 3a temporada (EPI 07)


O texto abaixo contém spoilers do episódio.


“The Final Country” é o nome do sétimo episódio, finalmente cruza sua história com a adorada primeira temporada e revela de quem é o corpo que eles enterram na floresta. Nossa narrativa dança pelas timelines, deflagrando finalmente em Tom, que se matou com um tiro na cabeça e deixando um breve bilhete. Roland West olha com o cenho franzido, tentando entender todos os erros cometidos por eles até ali e quais serão as consequências dessa morte. Claro que pode muito bem não ter sido um suicídio, tendo em vista que Tom fora capturado por Harris James no final do episódio passado. Até por que, como pode observar pela imagem acima, o bilhete não fora escrito a mão e sim, datilografado.

Cortamos para Amelia, ansiosa para contar sobre o seu encontro com o homem negro, cego de um olho, que nos anos 80, comprou o lote de bonecas de palha. A pista, apesar de boa, esfriou-se, aparentemente. Não tem como rastrear em todo o estado, mas mesmo assim eles tentam usar tal informação nas investigações futuras. 
Quem seriam as figuras de branco nessa fotografia?
Enquanto isso, na timeline de 2015, Hays mente para Elisa Montgomery (a cineasta que está produzindo o documentário criminal). Ele não dará as peças que ela pede, para completar o quebra-cabeças. Como espectador, ao vê-la tão frustrada, quase fica nítido que ela está com o filho de Hays para chegar até ele. Depois disso, temos Amelia na timeline dos anos 90, indo conversar com o dono do bar ao qual Julie frequentava e experimentar uma dose de pânico similar ao qual seu marido passou no mercado: achar por um momento, que seus filhos foram levados. A paranoia é constante: tanto para os personagens quanto para nós, espectadores.

Voltando para o desfecho da entrevista em 2015, Elisa entrega todas as peças, desde os símbolos usados pela rede mundial de pedofilia (se acha que é fictícia, procure pelo escândalo do PizzaGate no Google) e um artigo que ela puxa no notebook, com dois rostos familiares para nós: Rust Cohle e Martin Hart, os detetives de 2012, que se embrenharam em um caso análogo e com certas conexões. Hays se levanta e encerra: “Isso é tudo o que terá de mim. Terminamos aqui” – ele diz. Óbvio que a atitude dele, mostra o quão ela está quente com as informações. É perigoso para todos, citar esse caso levianamente. A família Hoyt está por trás de tudo, aparentemente.




Por falar nessa corporação, vemos nesse episódio que Harris James usou Tom não apenas como bode expiatório, mas também no final, como cordeiro sacrificial. Nisso, na timeline dos anos 90, temos duas respostas pelo o qual tanto esperamos: que merda que os detetives fizeram na floresta e quem eles enterram lá (que os perturba até hoje, como já vimos). A dupla aguarda Harris sair da empresa e o embosca na autoestrada. Claramente, eles não estão de brincadeira, principalmente Roland. Harris é algemado e espancado para revelar toda a conspiração. Infelizmente quanto Hays fraqueja e tenta soltá-lo, Roland tem que atirar para proteger o parceiro. As respostas morreram com o chefe de segurança da Hoyt e tal ocorrido não pode vazar.




Na timeline atual, os dois velhos detetives, conseguem obter a placa do misterioso carro preto que todas as noites, vigia a casa de Wayne Hays. E depois disso, temos outra cena para ilustrar a não-linearidade do tempo: o Hays dos anos 90, olha na direção de sua versão idosa de 2015. Justamente na hora em que queima as roupas para apagar qualquer vestígio de sangue de Harris James. Ele compartilha seu segredo com a esposa, a propósito.



A cena final é toda a manobra de intimidação feita pela Hoyt Foods e seus membros mais influentes, notavelmente o próprio dono: Edwards, que liga para Wayne: “você quer que entremos e nos apresente sua família ou você entra no nosso carro aqui fora?” – deixando claro que conhece a esposa escritora e até o nome dos filhos. Além disso, é nítido que eles sabem o que aconteceu com Harris, e mais assustadoramente é saber que Hays foi deixado vivo. Terá sido um acordo que ele fez? Será que sua esposa, Amelia, infelizmente pagou com a vida? Essas últimas respostas, aparentemente, serão respondidas no último episódio, semana que vem.
 
Amelia aflita, vendo seu marido entrar em um dos carros da Hoyt.

Abraço a todos.  

2 comentários:

  1. Seguindo rumo ao fim.
    Tomara que o final não decepcione !!
    Ótima resenha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Opa, valeu! Dedos cruzados pra série ter um final a altura! Abraço!

      Excluir