O Vermelho do Vale é bucólico |
O grupo já está na estrada há 1 semana. Durante
esse tempo, o grupo atravessou bosques e fazendas. As colinas ficaram para trás
e todos sentem um alivio ao sair de territórios inumados e da sombra maligna de
Iuz. Durante esse trajeto, o grupo avistou fazendeiros e suas famílias,
mercadores e alguns errantes solitários. Roslof ainda fez algumas perguntas e
se certificou de algumas direções, mas não houveram conversas mais complexas ou
informações úteis. Apesar disso, ainda paira no ar de que o grupo está sendo
seguido...
Num dado momento, o grupo chega a um vale,
cercado de bosques e áreas de plantio. o que mais chama atenção é são os lotes
destinados a vinicultura. O Vermelho do Vale é um dos vinhos mais famosos do
continente. Roslof sorri para vocês e para a cantoria – “Chegamos a um local
seguro finalmente, a residência de um velho amigo meu, Boremium Drenn é o seu
nome; eu o chamo de Lorde Drenn. A hospitalidade de sua família é famosa na
região. Aqui poderemos encontrar camas confortáveis, lençóis limpos, sopa
quente e claro, o famoso vinho.”
Os anões encontram os anfitriões na varanda da
Casa Grande: Lorde Drenn, sua esposa Angelina e seus dois filhos, um casal de
gêmeos em seus 10 anos de idade. Abraços são dados e apresentações são feitas
até Angelina convidá-los a tomar o famoso vinho e comer broas frescas. É
durante essa reunião informal, que Lorde Drenn expõe suas preocupações atuais:
“Pois bem, por 5 noites consecutivas, há um estranho movimento na minha
vinícola. Algumas foram pisoteadas e uns cachos, roubados das vinhas. As
pegadas deixadas não deixam dúvida: goblins, pelo menos uns 10 deles.
Entretanto, os goblins do vale e do bosque profundo sempre foram pacíficos.
Temos até mesmo a tradição de deixar o excedente do Festival da Colheita, todo
ano, no limite do bosque. Eles nunca deram trabalho, vivendo de pequenas caças
e nunca cruzando o perímetro das fazendas da região.
Entre goladas e mordidas generosas, os anões
indagam ao dono da vinicultura, se seus homens avistaram algo suspeito durante
a noite. Drenn olha para a esposa e continua: “Bom, alguns homens de confiança
fizeram vigília na noite posterior ao primeiro incidente. Um grupo de 5 homens.
Sóbrios, devo dizer. Um deles viu sua tocha assumir um fogo verde, como as
chamas saídas de um inferno arcano! Outro homem diz que as próprias vinhas
tentaram agarrar seu braço! Dois outros, juram ter ouvido uma risada medonha
vinda do bosque. Não sei mais o que fazer. Temo que minha safra esse ano tenha prejuízos
se isso continuar...”. Prontamente, os anões se oferecem para ajudar. Basta
algumas garrafas de vinho e umas broas extras para a viagem, e o mistério será
resolvido. “Provavelmente um feiticeiro que vive no bosque...” – arrisca
Gillius Thunderhead. Vendo a disposição do grupo, Drenn oferece um mapa das
propriedades e cercanias.
Os anões elaboram um plano inicial: tentar
localizar a tribo dos goblins, floresta adentro. O grupo tenta se guiar pelo
bosque até ele se tornar bem fechado, o musgo deixa o local escorregadio, as
copas, não deixam a luz do sol entrar e as raízes, sobressaltam ao redor. Quase
uma hora depois, e com uma falha crítica para tentar se situar, Gimli
Bloodsword desisti de avançar. “Estamos andando em círculos. Essa floresta deve
ser mágica!” – adiante avistam novamente a varanda da família Drenn... “Vamos
mudar de plano” – ele avisa.
O segundo plano do grupo é montar mais uma
vigília da área dos vinhedos. O capataz da fazenda dá a direção e o grupo ruma
para lá. Um campo vasto, um silo de estocagem e as parreiras de uva. Gurin se
depara com as pegadas mencionadas e um estranho rastro: como se um pesado
objeto rolasse do barranco que fica de frente para o vinhedo. Ali perto, Goblet
passa em mais um teste de Furtividade (agora em 20%) e torna-se praticamente
invisível entre as sombras do local. Geia, Gurin e Gimli se espalham: cada um
atrás de uma das parreiras. Gillius fica em cima do depósito. Toda hora, Goblet
verifica a tocha deixada acessa para ver se ela adquire o tom verde mencionado
pelos fazendeiros. A noite cai e o grupo mantém a prontidão.
Chegando ao local onde as pegadas foram vistas. |
É durante a madrugada, que o caos surge.
Inicia-se com uma pedra redonda, que vem quicando e descendo pelo barranco. A
pedra atinge a parreira aonde a anã Géia se esconde. Segundos depois, um bando
de 10 goblins irrompem o local, vindo da mesma direção da pedra redonda. Geia
mais próxima da pedra que até a pouco estava sendo perseguida pelos goblins
observa atentamente o material: não é lapidada nem valiosa, mas a pedra contém
runas rusticas, pinturas e marcas de mão. Ela nota rapidamente que a pedra é
importante para a tribo. Mas não sabe dizer porquê dela ter rolado até ali.
Será que eles jogaram? Geia resolve sair de seu esconderijo e os goblins se
assustam, principalmente por ela estar montada em seu bode. Temendo pela vida
de sua prima, Gimli puxa o arco curto para disparar. Entretanto, antes que o
possa fazer, uma forte luz surge ao seu redor, transformando seu arco em uma
serpente e pasmem: mudando seu corpo (depois de falhar num Save contra
Transformação) em um goblin! Apesar de sua aparência, ele mantém suas funções
cognitivas, apesar de ter se tornado muito fraco fisicamente.
Os goblins ainda assustados pelo clarão,
recolhem a pedra redonda e dão meia volta para ir embora. Gimli vem por detrás
de Géia, e conta o ocorrido: fora transformado num goblin imundo! Em seguida
vem os outros anões. Gillius, que estava em cima da construção, viu a
transformação diante de seus olhos e pôde confirmar a verdade no que o Gimli
Cara de Goblins disse. Os anões decidem não perder tempo e decidem seguir o
bando, que nesse momento, sobe o barranco, provavelmente, fazendo o mesmo
caminho que fizeram até ali. Gimli, transformado, aproveita para se infiltrar
no grupo que agora volta floresta adentro. Os anões vêm atrás, seguindo.
Meia hora depois de cansativa perseguição, os
goblinóides adentram a uma grande abertura na encosta. A caverna é o lar da
tribo e todos festejam, depositando a pedra numa espécie de altar. Os anões adentram
o local, percebendo que eles não são agressivos, e estão apenas felizes que a
pedra voltou para seu local de origem. Apesar de ninguém falar o idioma deles,
Geia com seu viés diplomático, tenta usar alguns gestos e radicais do idioma
orc para ter algum entendimento. O que dá pra entender é isso: alguma coisa,
toda noite, está levando a pedra sagrada embora. Alguma coisa que se esconde
numas ruínas próximas dali. O líder da tribo, desenha um símbolo no chão, que
intimida a clériga: o sinal inconfundível de dragão!
“Dragão?!” – os anões exclamam. Geia pede que o
líder os leve até essas ruínas. Ele aponta para uma direção e pega algumas
coisas para guiá-los. Fica claro que alguém está tentando incriminar os
goblins. O grupo segue noite adentro pela mata, até chegarem, quase uma hora
depois, num túnel de raízes. O líder goblins aponta para o final do túnel. Aponta
pra ele e diz que não. Os anões terão que seguir sozinhos desse ponto. As ruínas
ficam no final dessa formação natural. Lá dentro, durante a travessia escura e
molhada, duas formas caem sobre Gillius e Gurin. A coisa que atacou Gillius o
envolve em escuridão, como se um manto negro tivesse coberto ele por inteiro. Gurin tem mais sorte e escapa da emboscada. Trata-se de dois darkmantles, uma espécie
de polvo negro que fica preso nos tetos de túneis e cavernas. Goblet tenta
atacar com suas adagas, mas erra. Gillius sofre ferroadas doloridas enquanto não
consegue escapar da criatura. Resta para Gurin e seu acerto crítico, destruir a criatura. Gillius mata a segunda, depois de se libertar.
Por fim, o grupo chega às ruínas mencionadas.
Uma grande escadaria leva até a única construção ainda em pé, do que parecia ter
sido um pequeno forte de fronteira. O salão tem muitas pilastras e é tomado de
escuridão. De repente, uma voz imponente ecoa pelo lugar: “Fujam enquanto há
tempo, tolos! Simples anões tentando derrotar um dragão? Só encontrarão fogo e
desespero aqui dentro”. Os anões de dividem pelas pilastras, buscando cobertura
e pra identificar de onde vem a voz. No final do salão, um trono, aparentemente
vazio. A mesma voz continua: “Estou invisível nesse momento, e a duração da
minha magia está quase se encerrando. Essa é a última chance de vocês.”
Gillius e Gurin apostam no blefe: Gurin, que
sabe dracônico, faz perguntas nesse idioma e percebe a voz titubear. Gillius
diz que reconhece um feiticeiro fajuto quando encontra um. A magia de
invisibilidade da criatura se encerra, revelando de fato, um dragão. Mas um
dragão-fada. A voz imponente gerada também por magia, é trocada pela voz fina
do ser: “Bom, nunca me ensinaram dracônico, mas eu sou um dragão mesmo!” – os anões
sacodem o lugar com risadas estrondosas.
Gillius se aproxima apontando seu machado para
a criatura: a melhor maneira de sair dessa é explicar porque estava incriminando
os goblins e seus motivos para assolar a vinícola. “E me fazer voltar ao normal,
ora bolas!” – completa Gimli. O dragão-fada se dá por derrotado: “Eu lamento. Não
queria o mal de ninguém. Por isso quando tentaram acertar uma flecha em um dos
goblins, eu prontamente transformei o arco. Só queria as uvas e o vinho da
fazenda. É o melhor vinho do continente, fiquei sabendo. Mas sim, posso pedir
desculpa a eles e explicar a confusão recente. “
Uma vez de volta á fazenda, tudo está
resolvido. Os anões ficam mais alguns dias pra descansar. Tummbut, o
dragão-fada se torna rapidamente amigo das crianças e um valioso aliado para os
anões. Ele diz que seguirá viagem com eles para o sul e visitar a corte dos anões
do Grande Conselho. Antes de partir, o grupo recebe odres extras do Vermelho do
Vale, afinal, o melhor vinho do continente, certo?
FIM DA QUARTA SESSÃO
Hexágonos explorados:
U4/69 – Vinícola Vermelho do Vale
U4/70 – Bosque Profundo de Vesve
V4/69 - Ruínas de um antigo forte de fronteira
Premiação em pontos de experiência da 4a
sessão:
200 – por derrotarem os Mantos Negros.
200 – por não terem matado nenhum goblin da
tribo
300 – por terem recuperado a Pedra Sagrada da
tribo
500 – por terem desvendado o mistério e terem
“derrotado” Tummbut, o dragão fada”
XP
final: 1.200 para cada jogador, Gimli, Gurin sobem para o 3o nível
Essa aventura foi hilária.
ResponderExcluirO dragão alcoólatra principalmente
Parabéns pela sessão!!
Valeu, bro! Me diverti pacas também!
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