A
reflexão de hoje, nasceu um tempo atrás quando o leitor Cássio Alves Cavalcante
deixou um feedback bem pertinente
aqui no blog. Basicamente ele adorou a aventura “Os Fossos da Morte de Yandro”
(disponível gratuitamente na aba Downloads), mas ele achou os desafios mortais
demais e que seus jogadores ficariam frustrados com as armadilhas e criaturas propostas.
Logo, ele iria modificar vários dos encontros detalhados no PDF.
Acho
isso ótimo! O que ele fez em suma foi adaptar o material para seu grupo. Afinal,
ele conhece seus jogadores: sabe o que os diverte e o que os frustra na mesa de
jogo. Essa é a base para uma boa experiência no RPG: encontrar esse equilíbrio.
Obviamente, o Mestre usará outras ferramentas para jogar em um evento, por exemplo,
tendo em vista que você mestrará pela primeira vez para alguns jogadores.
Como
conferiram no podcast de duas partes publicado aqui, meu grupo passou pelos
desafios propostos com algumas baixas, mas venceram no final das contas. Foi
meu primeiro e único playtest com a aventura, mas posso realmente ter tido sorte
(ou melhor, meus jogadores tiveram sorte) e tudo conspirou para o êxito da
aventura. Tive até mesmo personagens de nível 0 com 1 ou 2 PVs que
sobreviveram!
A
frustração é relativa: o que funciona pra mim, pode não funcionar pra você.
Simples assim. Antes de voltar para o Ad&d e logo depois, assumir o Dungeon
Crawl Classics como meu RPG principal, nosso grupo estava frustrado com o que
estava jogando naquela época. Cartas de poderes, muito cálculo, muitos talentos
pra escolher, etc. No final, não estava nos proporcionando uma tarde divertida.
No
final das contas, no estilo de jogo que proponho em minha mesa, aponto para um jogo
onde fugir é uma opção sempre a se pensar: lutar contra todos os monstros
geralmente resulta em um bom e velho TPK (total party kill)! Explorar o cenário
geralmente vai dar pistas de perigos vindouros ou tesouros escondidos e tratar
bem NPCs geralmente garante informações preciosas sobre o mundo e outros personagens.
Pensamento esse, concretizado pelo movimento OSR.
Se
estiver usando um Escudo do Mestre para ocultar meus lances, recompenso quem
teve muito bom senso e pouca sorte nos dados. Ou só pra pregar uma peça mesmo. Talvez
uma espécie de justiça divina distorcida, saca? No final das contas o Mestre não
é mal, só um pouco sádico...hahahaha. Mas claro: o importante é se divertir.
Bons
jogos a todos!
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