segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Resenha: The Emerald Enchanter


Ontem mestrei pela primeira vez o Dungeon Crawl Classics em um evento aberto para o público. Montei o grupo na hora, apresentei algumas peculiaridades do DCC, (já que a maioria já havia jogado D&D 3a edição) e cada um selecionou os personagens prontos que eu havia levado. Falando em personagens prontos, disponibilizei na parte de Downloads do blog, um PDF com os mesmos, para serem baixados e utilizados livremente, todos com ilustração do Larry Elmore. Só não reparem na diagramação: não tenho habilidade alguma como designer.

Para o 1o Suryaki Nerd Day, levei a aventura The Emerald Enchanter, de autoria do próprio criador do DCC, Joseph Goodman. Ela é destinada a personagens de 2o nível, mas não encontrei dificuldades para ajustá-la um nível abaixo. Na trama crua, como é apresentada, habitantes de um vilarejo começam a desaparecer, levados para uma cidadela. O grupo ruma com o objetivo de trazer a maior número possível de sobreviventes e se depara com as bizarras experiências do tal Encantador Esmeralda.

Para mencionar logo o único ponto fraco, o módulo peca pela falta de background. Tive que enriquecer esse tópico e na minha versão, tudo começa com uma luz esverdeada que risca o céu noturno e ruma para um vale. Vale esse, moradia desde sempre de um druida bondoso que ajudava a população desde que a anciã da vila era uma criança. Porém, de um mês pra cá, as coisas começaram a ficar estranhas na região. Nevascas fora de época, animais fugindo, e o desaparecimento das pessoas na calada da noite. Ou seja, na minha versão, esse druida partiu para investigar essa estranha esmeralda que cai dos céus e rapidamente, passa a ser controlado por ela. Logo, todas as suas criações passam a ser deturpadas e ele molda a cidadela de onde mantinha sua vigilância constante, numa nova espécie de Tumba dos Horrores.



E aqui chegamos onde eu queria. 
Fiquei com a impressão de que Emerald Enchanter é baita homenagem e praticamente uma versão softcore da aventura clássica de D&D. Muitos desafios, o que parece ser uma coisa, se revela outra, alguns quebra-cabeças e encontros de fato, interessantes. É uma aventura que em muitos pontos desafia o jogador e não o personagem. Andar pela cidadela exige atenção e uma boa dose de investigação. Deixar passar um detalhe ou uma pista, simplesmente deixará a aventura mais difícil, simples assim. Guardar uma palavra chave e proferir o comando mágico na local certo, na hora certa, tornará a vida do seu aventureiro bem mais simples.

Pontos altos da sessão:

- Na primeira metade da sessão, cada personagem recebeu 1 seguidor de nível 0. Jogadores novatos adoraram gerenciar esse personagem, pois não existe a pressão de perder o “personagem principal”. Logo, indiretamente, os personagens de nível 0 se destacam bastante, pois sem perceber, se arriscam mais.

- O embate com a Criatura de Vitrais bem na entrada da cidadela. O momento onde o grupo entende que para derrotar a ameaça, deve mudar radicalmente suas estratégias.
- O puzzle para pegar os livros nas estantes. Os livros que os aventureiros querem ficam se teletransportando aleatoriamente entre as estantes. Eles devem raciocinar nesse ponto, e as ideias que surgiram foram muito divertidas.


Por fim, é um ótimo módulo, salvo pelo pano de fundo que não existe e que ele é em sua totalidade, um dungeon crawl.  Mas basta exercitar sua criatividade para elaborar motivos para adentrar a cidadela mortal. 

Abraço a todos e bons jogos!

Bônus: fotos do evento:

Espaço para boardgames.
Gabi e Sofia entraram na mesa de DCC. Mandaram muito bem!

Caricaturas sendo feitas na hora.
Teve cosplay também!

E várias mesas de Magic: The Gathering

2 comentários:

  1. Pela descrição da aventura, fiquei bastante interessado em me informar mais sobre ela!

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  2. Vale a pena conferir, só vai ter trabalho para criar as motivações dos personagens, mas é bem divertida. Obrigado por ler e comentar. Abraço.

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