quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Resenha: The Drow of the Underdark



Escrito por Ed Greenwood e lançado em 1991 pela TSR, The Drow of the Underdark compilava tudo o que se sabia sobre os infames elfos negros. Em suas páginas, é possível encontrar tudo sobre eles: cultura, religião, sociedade (matriarcal), magias conhecidas apenas por eles, runas mais utilizadas, sua linguagem, o cenário político atual e até o ecossistema ao qual a raça está inclusa. 


O tomo abre com um conto, reportando o encontro do icônico mago Elminster com uma drow. Logo em seguida, temos regras para personagens que desejam jogar com um elfo negro e segue explicando que drows magos são sempre vigiados por serem possíveis agentes que poderiam afetar diretamente o sensível equilíbrio de poder entre as Grandes Casas. Drows magos são espionados até o 6º nível, quando são convocados para O Teste. Essa prova pode ser uma missão de uma das Casas, ou (para os drows homens mais promissores), lançados para o Abismo. Lá, ele deve provar sua lealdade, cumprindo alguma demanda específica para a própria Lolth. Os que falham, tornam-se os sinistros Driders.


É impossível não se inspirar lendo o capítulo que fala sobre as intrigas entre as Casas e outras criaturas inteligentes do subterrâneo, principalmente as conspirações envolvendo Devoradores de Mentes para derrubar ou sabotar determinadas Casas. Drows que tentam roubar artefatos de outras Casas, outros tentando coletar venenos mais cruéis nas regiões não mapeadas de Underdark. São apenas algumas ideias suficientes para manter uma campanha inteira apenas nesse cenário.


Por fim, é um livro de 128 páginas extremamente rico e detalhado. Como é 90% descritivo, pode ser usada em qualuer versão do D&D, na verdade. Uma vez lido, o Mestre estará preparado para lançar seus jogadores para Underdark, como agentes de mudança, inseridos em uma cultura matriarcal muito forte (que pode gerar percepções e situações bem interessantes e contrastantes). Para finalizar duas observações: elfos negros para personagens-jogadores são totalmente desequilibrados, comparando com as raças-padrão de Ad&d. Esteja avisado. Segundo: aprendi da pior maneira possível com Baldur’s Gate 2, que itens mágicos confeccionados no Underdark, desintegram quando entram em contato com a luz solar natural.     

Abraço pra todos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário