Minha experiência com
RPGs de Star Wars não começou com esse livro e sim com a
adaptação feita pela
Dragão Brasil para Storyteller em sua edição de número 28. O material
apresentado era o “chute inicial” para você completar as lacunas e levar Star
Wars para sua mesa de jogo. E nos divertimos muito nos recreios da escola,
explodindo bases imperiais, pilotando caças e usando poderes da força. Na verdade,
lembrando agora, era uma série de repetições e variações das cenas que víamos
na trilogia. Era incrível reviver aquelas cenas. Por fim, a revista falava da
até então distante versão licenciada do RPG e por mais que me divertisse com a “versão
caseira”, eu queria ter o jogo oficial e de quebra, tentar ler meu primeiro
livro em inglês.
No ano de 1996, o RPG
da West End Games (ou simplesmente WEG), ganhou uma versão revisada e
expandida. Algumas regras deixaram o jogo um pouco menos mortal (só um pouco menos, acredite), ampliou a lista de perícias e adicionou muita informação nova,
oriunda dos romances, HQs da Marvel e suplementos anteriores. Interessante ver
nos romances da Del Rey, os autores dizendo que recebiam pilhas de livros de
RPG da WEG, para escrever seus romances sem contradizer o que estava nos
suplementos, pois a título de curiosidade, muitos elementos hoje tidos como canônicos,
nasceram nesse RPG, pois quando pagaram pela licença, receberam certa “carta
branca” para enriquecer ainda mais, aquele universo.
Foi só em 1998 que
consegui adquirir o tão falado Star Wars D6 (pois só utiliza o dado de 6 faces
de fato). Fiquei doido com o livro nas mãos: lindo, inspirador, repleto de
fotos da trilogia clássica, é impossível folheá-lo e não ter idéias para um
novo personagem. As regras são simples, mas elegantes. Por exemplo, para usar a
Força, você apenas escreve na ficha que é Force
Sensitive. Isso permitirá que use os poderes iniciais da Força que são
tratados como perícias. O contra, é que são mais perícias para gastar na ficha.
Enquanto poderia estar gastando seus pontos de personagem e experiência com
outras coisas. Além disso, um personagem usuário da força começa com 2 Force
Points, enquanto outros, iniciam com apenas 1. Eles podem ser gastos para
ignorar um dano que seria mortal, ou para dobrar os dados durante um teste
qualquer. Criando cenas realmente épicas.
O jogo vinha com inúmeros Templates prontos. |
Outro recurso mecânico
que ajudava a emular esse estilo cinematográfico era o Wild Die, um D6 de cor
diferenciada que você jogava junto com os outros, caso esse dado caísse 1, algo
ruim acontecia, mesmo que tivesse sucesso em sua ação, enquanto o oposto ocorria,
se tirasse um 6 natural nesse dado especial. Mecânica essa, resgatada por sua
encarnação atual pela Fantasy Flight Games (já publicado em português pela
Galápagos). Joguei as versões D20 e a atual da FFG, mas o Star Wars D6 ocupa de
fato, um canto especial em minha memória. Um livro honesto, completo e
inspirador que me proporcionou tardes incríveis de perseguição por Endor, sabotagens
à fábricas imperiais e exploração dos mistérios da Força, quando ela ainda era
misteriosa e para poucos, como a magia sempre deve ser.
Abraço a todos!
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