Se nesse post aqui, eu dei uma dica de como
não deixar as masmorras banais e sem graça, hoje reflito um pouco em como
deixar esses complexos subterrâneos um pouco mais interessantes e vivos. Adentrar
em uma masmorra pela primeira vez deve ser impactante, uma experiência de
exploração que ficará na memória dos jogadores para sempre.
Não
entregue a escala da masmorra: nunca entregue o mapa do local a ser
explorado para seus jogadores. Eles não podem ter a percepção imediata de que a
jornada será longa ou rápida, muito menos ter noção de atalhos do ponto A ao B.
Deixe que explorem naturalmente. Será questão de tempo até algum dos jogadores
pensar em mapear por própria conta, o ambiente.
Ataque
os sentidos:
uma masmorra é um ambiente claustrofóbico: mesmo masmorras-cidades como o
complexo de Moria. Odores de mofo são constantes, ambientes sem luz, também.
Barulhos misteriosos ecoados por corredores mal-iluminados podem ser tão
terríveis quando a simples aparição de uma criatura. Tatear no escuro é algo
que apenas os corajosos fariam. Aliás, meu asco por insetos vem do Indiana
Jones apalpando e pisando em coisas no escuro para salvar a vida do grupo. Não
são biscoitos chineses da sorte, definitivamente!
Função:
se
um aventureiro avista uma sala vazia, ele se decepciona. Consciente ou
inconscientemente. Logo, pense previamente na função de cada cômodo e
legende-os. O aposento A pode ser uma ante-sala com estátuas sinistras, o
aposento B pode ser uma oficina onde estátuas eram feitas. A sala C pode ser o
refeitório, onde os sacerdotes que confeccionavam as estátuas faziam sua
comunhão matinal. De quebra, o aposento D pode ter sido o depósito. Um elemento
leva ao próximo.
Um
ambiente vivo e único: algumas masmorras são tão complexas que existe um
ecossistema próprio. Undermountain, possui níveis que outras criaturas não
podem entrar, leis próprias e lideres próprios. Na verdade, Undermoutain é um
cenário dentro do cenário, permitindo uma campanha inteira dentro de suas masmorras.
Lembro de uma aventura de Ad&d onde toda a trama envolvia explorar uma
floresta DENTRO de uma masmorra. Foi marcante para todo o grupo. Pense em
formas de deixar sua masmorra, única.
Esses foram apenas quatro elementos que levo
em consideração quando quero emular esse tipo de ambiente. Quais suas experiências
dentro de masmorras? Que tipo de expectativa você tem?
Undermontain... nunca tive a oportunidade de jogar mas sempre me encantou a ideia de uma masmorra colossal, tanto que já fiz uma série de Cavernas gigantes ligadas por tunes intermináveis, e cidadelas subterrâneas, os jogadores gostaram tanto que voltaram lá em outra campanha para continuar explorando com outros personagens ahaaha... Uma vez também criei uma masmorra infinita onde suas salas e andares nunca eram iguais quando você retornava a ela, criei até uma cidade que vivia do comercio com aventureiros e dos tesouros retirados de dentro dela... deu muito trabalho mas foi muito legal.
ResponderExcluirBelo relato Edison! As possibilidades de complexos subterrâneos com seu próprio ecossistema, leis e economia sempre me encantaram também. Volta e meia tem gente vendendo o Undermoutain e ler aquele material é um poço de inspiração. Muito obrigado por acompanhar o blog e comentar aqui. Abração.
ExcluirAhh Undermountain! já mestrei aventuras épicas por lá!
ResponderExcluirTenho muitas memórias também. Em breve farei um post especial sobre o cenário. Obrigado por ler e comentar aqui. Abraço.
ExcluirEu tinha um sonho de mestrar em Undermountain quando jogava AD&D, mas meus jogadores nunca foram muito fãs de fazer dungeon crawling. Ainda encaixo uma daquelas aventuras prontas que só precisa dar um pulo em algumas salas e vazar!
ResponderExcluirInteressante, tem muito grupo que evitar dungeons por passarem uma ideia de repetição. Uma pena que não teve a chance de apresentar Undermoutain para eles. Em breve, teremos um post especial sobre a mega-masmorra de Forgotten Realms. Abração!
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