O terceiro dos Livros Vermelhos é referente ao clérigo. Escrito por Aaron Allston (autor do incrível Rules Cyclopedia) e lançado em 1990. O material desenvolvido é o mais amplo da série, funcionando como uma caixa de ferramentas para você desenvolver a gênese de seu mundo, levar em conta sua astronomia, como montar seu panteão do zero.
Essa é basicamente a primeira parte: recursos para preencher uma Ficha de Criação Mítica (como se fosse a ficha de um personagem mesmo, mas sem atributos, apenas respostas absolutas). “Como o universo foi criado?”, Qual é forma dos planetas e do universo?”, “Os deuses que o habitam são imortais de fato?”, “Ele/Eles interferem direta ou indiretamente nas questões mortais?”, entre outras questões desse cunho.
O segundo capítulo ensina a Desenvolver Divindades. A primeira coisa, é decidir se ela é um deus de fato, uma força ou uma filosofia. A saber, um deus é uma entidade de grande poder, geralmente desejando impor suas vontades e caprichos no escopo mortal. Eles também estão ligados à um atributo ou conjunto: amor, guerra, agricultura, casamento, morte, etc). Uma Força é algum tipo de processo natural (ou não) que influencia o mundo. Ela não é necessariamente inteligente, mas é magicamente poderosa. Quer exemplos? A Entropia, a Natureza, o Ciclo da Vida, a Magia (a Força de Star Wars é um exemplo perfeito disso). Por último, a Filosofia é uma ideia ou um conjunto de ideais. Filosofias são criadas pela humanidade e outras raças sencientes, e seus valores são espalhados pelas culturas e pelas gerações. Os clérigos que retiram poder desse modo, devem incorporar esses valores, ou a filosofia morre e ele perde seus poderes. Exemplos de filosofias: Um com a Natureza, a Santidade do Homem, o Niilismo.
"Vita, mortis, careo!" |
Não podia faltar os kits. Algumas escolhas estão presentes: Profeta, Clérigo renegado, Clérigo da Nobreza, Escolástico, Pacifista, entre outros, recursos para personalizar e individualizar ainda mais o seu personagem. Como de costume no Ad&d, não há equilíbrio algum entre eles (e nem deveria, certo?). Basta escolher aquele a qual se encaixa melhor no tipo de sacerdote que pretende interpretar. Não poderia deixar de citar a presença de um "proto-monge", no formato do kit Fighting-Monk. Como sabemos, o Monge como classe básica, aparecia no AD&D 1st edition e depois voltou no jogo-base da 3a edição. O Fighting Monk (juntamente com a classe que aparece no suplemento Scarlet Brotherhood para Greyhawk) representam as formas oficiais de jogar com um personagem Monge no AD&D 2a edição. Mais pra frente, farei um post específico sobre isso.
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